Engasgos na Criança

Os engasgos são muito frequentes em uma criança menor de três anos de vida, principalmente naqueles com distúrbios de deglutição, retardos de desenvolvimento neurológico e refluxo gastroesofágico, mas isso não significa que seja comum a ocorrência de quadros graves.

Sempre devemos tentar tirar qualquer objeto ou alimento visível na boca.

O maior risco ocorre com alimentos como: amendoins, castanhas, grãos (feijão, pipoca) salsicha, além de brinquedos e bexigas.

Para facilitar a vida de todos vou dividir em partes:

Pessoa Inconsciente

No caso de desmaio ou perda da consciência, coloque a pessoa deitada, chame por socorro o mais breve, ligue para a emergência e inicie massagem cardíaca se souber fazer.

Pessoa Consciente

Nesses casos dividimos os quadros em Leves e Graves, de acordo com os sintomas apresentados:

  • Cianose ou Pele Roxa;
  • Palidez ou ficar branco como papel;
  • Presença de tosse efetiva e Respiração.

>Quadros Leves

Sem cianose, palidez e com tosse ou respiração efetiva, é tratado apenas mantendo a criança na vertical e dando uns tapinhas nas costas (como mostra nas imagens abaixo).

engasgo

>Quadros Graves

Eles apresentam palidez ou cianose, mas principalmente, não tem tosse ou respiração efetiva. Realizamos dois procedimentos nesses casos, dependendo da idade (não esqueça de ver o vídeo acima):

– Menores de 1 anos

  • Virar de barriga para baixo e bater nas costas 5 vezes. Pode ser apoiado no colo no ou braço.
  • Virar de barriga para cima e com 2 dedos, realizar compressão torácica 5 vezes.

– Maiores de 1 ano

  • Colocar de pé, abraçar por traz colocando um punho fechado na boca do estomago, e com a outra mão fazer 5 compressões do abdômen.
  • Colocar a criança no colo com a barriga para baixo e bater 5 vezes nas costas.

Sempre pedir ajuda quando observar algum engasgo importante.

Lembrando que engasgos seguidos de tosse, pode significar aspiração de corpo estranho com risco de pneumonias e atelectasias pulmonares.

A prevenção, na alimentação por exemplo, com objetos pequenos é sempre a melhor solução.

 

Dr. Christian Helfstein – Pediatra

CRM 119.947 – Limeira/SP