Dicas de Alimentação

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A alimentação da criança dependente da sua idade e do seu desenvolvimento.

Essa variabilidade em relação ao que devemos e não devemos oferecer ao nosso filho, leva muitos pais à buscarem informações nas mais variadas fontes, seja amigos que já tem filhos, avós, parentes próximos, pediatras e até mesmo na internet, através do ‘Dr. Google’. Infelizmente, eles acabam mais confusos do que  no início de sua busca por informações.

Existe um consenso entre os especialistas na área da Nutrição Infantil e as orientações das Sociedades de Pediatria e do Ministério da Saúde, sendo que os primeiros apresentam as informações mais atualizadas com as últimas descobertas científicas. A principal variação ocorre na maneira como cada uma dessas fontes orienta os pais na introdução dos alimentos.

Tome muito cuidado com as ‘modinhas’ em relação à alimentação, como já ocorreu com o ovo,  suco de frutas, óleo de coco, entre outros. Nem sempre a sugestão de blogs, programa de TV ou site na internet são saudáveis.

Seja simples e dê preferência aos alimentos frescos como frutas e legumes, alimentos integrais, carnes magras e grãos.

Sempre tente criar rotinas e hábitos saudáveis ao seu filho

Hoje em dia, todas as pessoas deveriam ter uma boa noção do que é saudável, mas com a massiva propaganda de ‘Alimentos Supostamente Enriquecidos’, a maioria das pessoas não consegue separar o que devem comer para terem saúde e o que são ‘Calorias Vazias’, ou seja, alimentos que apenas nos engordam (tem excesso calorias), como refrigerantes, batatas fritas, bolachas recheadas, salgadinhos, sucos de frutas como Tang ou Del Valle, e quase todas as comidas industrializadas ou de pacote, mesmo que na embalagem esteja escrito que é enriquecido com vitaminas e sais minerais.

Devido a falta de conhecimento sobre a qualidade dos alimentos, a praticidade da comida pronta ou semi-pronta e a redução do preço dos alimentos industrializados (um pacote de bolacha ou salgadinho é mais barato que um pé de alface), o número de pessoas acima do peso, sobrepeso e obesidade não para de crescer, principalmente nas populações mais pobres, com menos dinheiro e conhecimento para se alimentarem melhor. Aliás, o número de pessoas com sobrepeso e obesidade é aproximadamente 5x maior que de desnutridos no mundo.

As últimas pesquisas revelam que no Brasil quase 50% dos adultos e adolescentes, e 33% da crianças entre os 5 e 9 anos estão acima do peso. Das crianças acima do peso, 80% serão adultos obesos… Nunca mais irão emagrecer!

As dúvidas:

  • O ganho de peso é causado em 80% dos casos por erros alimentares e 20% por sedentarismo. E o principal erro não é a quantidade mas a qualidade dos alimentos. Por exemplo: 100 calorias de castanhas não é a mesma coisa que 100 calorias de refrigerante.
  • Muitos pediatras querem acabar a consulta rapidamente e uma orientação bem feita, mesmo que auxiliado por uma “orientação impressa”, demanda mais tempo do que o reservado para a consulta toda da criança.
  • Avós: sempre querem o melhor para os netinhos, mas alguns perdem o bom senso nesse assunto. Introdução precoce de alimentos sólidos e, principalmente, manutenção na quantidade de leite ingerido, mesmo após a alimentação sólida, são seus principais erros. Sem contar as “besteiras” de hoje em dia, como: balas, refrigerantes e salgadinhos.
  • Vizinhos e amigos: sempre tem um filho ou conhecido que come mais ou melhor que o seu.

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Os maiores erros disseminados:

  • A liberação de “Danoninhos” precocemente, que na realidade são derivados de leite de vaca com alto risco para desenvolvimento de alergias se oferecidos antes de 1 ano de idade;
  • A idade de introdução de cada tipo de Carne e Ovo, pois antigamente existia diferentes épocas para a introdução das diferentes Carnes e das diferentes partes do Ovo (gema e clara). Tudo errado, hoje todos podem ser introduzidos a partir dos seis meses de vida;
  • Os alimentos devem ser batidos no liquidificador ou passados na peneira. Mais uma vez, o passado estava completamente errado e hoje, sabe-se que alimentos amassados e progressivamente em pedaços maiores são importantes tanto para o desenvolvimento e amadurecimento dos reflexos mastigatórios e de deglutição, e inclusive no desenvolvimento da fala.
  • A Demonização do suco de fruta natural sob a alegação que ele apresenta baixo tear de fibra e alta concentração calórica se comparado a fruta in natura. Devemos limitar, tudo na vida é melhor sem radicalismo … 100 ml no máximo ao dia é uma boa idéia.
  • Introdução precoce, antes dos 2 anos, de alimentos doces ou adoçados
  • Confundir curiosidade com vontade de comer: crianças pequenas querem colocar tudo na boca, seja comida ou não.
  • Pouca variabilidade: desde pequeno, devemos ter a alimentação mais variada possível, com diferentes tipos de vegetais, frutas, carnes e etc.

Sempre Lembrar:

O fator mais importante em relação a Alimentação é que nós, os Pais, ensinamos nosso filho a comer, por isso, é tão importante pensar na melhor maneira de fazer isso.

Se devemos ensinar a comer frutas, legumes e vegetais que são extremamente saudáveis ou se devemos ensinar a comer doces, salgadinhos e besteiras afins, para que quando ele estiver maior, explicarmos que os vegetais são importantes e que ele deve comê-los.

Ninguém supõe que uma criança tenha maturidade para dirigir um carro, mas muitos acham que um bebê deve decidir o que comer, ou seja, se olhou e chorou é porque o bebê está com vontade e não podemos deixar-lo passar nenhuma … Na realidade, ninguém pode ter vontade de algo que nem sabe o que é. Ninguém pode querer comer algo que nem sabe nem sabe que é para comer. Controlem a si mesmo e aos seus familiares pelo bem de nossas crianças.

A Alimentação das crianças após os 4 anos de vida depende da oferta e dos alimentos comprados pelos pais. Casas onde bolachas, danoninhos, salgadinhos e afins estão sempre disponíveis apresentam crianças com um alimentação de qualidade inferior às casas onde frutas e alimentos saudáveis são mais disponíveis. A Dieta Saudável do Seu Filho começa no supermercado.

Atos falam mais que mil palavras. Não adianta insistir para seu filho comer a salada ao invés da batata frita se os próprios Pais não comem os alimentos saudáveis. Melhor do que gritar com seu filho é comer junto com ele, mostrar que alimentos saudáveis também podem ser saborosos.

Abraços!!!

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Dr. Christian Helfstein – Pediatra

CRM 119.947 – Limeira/SP

 

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