Pais, Filhos e Pediatras

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PAIS E FILHOS

Discutirei os aspectos mais importantes nessa tríade relação entre pais, filhos e pediatras. Se a relação entre duas pessoas pode gerar inúmeras crises, imaginem essa tríade onde cada qual tem um peso e uma importância, sendo o principal deles a criança, o que geralmente menos opina, por ter menos poder e inclusive por não lhe ser dada uma oportunidade.

Filhos não escolhem os pais e vice-versa, e como esse relacionamento não há prazo pra terminar, o ideal e mais inteligente é buscar maneiras de tornar essa relação mais saudável e agradável, e isso raramente ocorre sem que ambos os lados cedam, os pais conscientemente, e as crianças de maneira quase compulsória, sendo pequenas mudanças nas reações dos pais aos diferentes atos da criança.

Primeiramente, os pais devem destacar três ou quatro setores da vida onde eles reinarão com toda a tirania de um ditador, sem dar nenhuma chance de escolha aos seus súditos (filhos). Com meu filho, eu e minha esposa escolhemos a Alimentação, Sono e Educação, mas cada família pode ter seus próprios pilares. Dentro de cada um desses pilares, meu filho pode escolher apenas entre as opções que estão disponíveis.

Por exemplo: ele adora brigadeiro, e sabendo que temos brigadeiros na geladeira, ele pede mesmo já sabendo com seu sorriso maroto que a resposta será “Não”. Ele sabe que aqueles brigadeiros são dele e que quando julgarmos adequado, nós daremos a opção de comer uma laranja, uma bolachinha ou até chegar o dia do esperado brigadeiro. Afirmo que mais de uma vez ele optou pela fruta antes de comer seu tão desejado brigadeiro.

Outro exemplo é que ele – como qualquer criança de três anos – adora assistir televisão. Nós decidimos quando será e damos as opções entre as quais ele pode escolher, ou seja, mantemos linha firme e mesmo assim estimulamos o desenvolvimento de senso crítico e da personalidade.

Os outros assuntos que não fazem parte desses pilares – que coloco para meu filho – são tratados com muita negociação e flexibilidade, ensinando a criança a lidar com diferentes opiniões, ora cedendo e ora demonstrando com veemência que não cederá facilmente. Basicamente, isso também prepara a criança para lidar no mundo externo –  fora de casa, com os amigos, na escola ou no trabalho – sabendo que nem sempre vencemos e que a opinião dos outros muita vezes também nos leva em uma direção agradável.

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PAIS E PEDIATRAS

Já com o pediatra, as coisas mudam muito de figura, pois apesar dos abismo de poder e conhecimento entre o pediatra e os pais ser bem mais considerável entre pais e filhos, essa relação não é fixa ou engessada, sendo o pediatra uma peça móvel nesse jogo. Estudos demonstram que em média cada família muda de pediatra entre 3 e 4 vezes no primeiro ano de vida, o que demonstra uma incoerência entre o serviço oferecido e o desejo dos pais.

A escolha do pediatra sempre deve partir de uma indicação, seja por nós mesmo (relação com nosso pediatra de filhos anteriores) ou de amigos e familiares. Cada pediatra tem um tipo de personalidade, sendo que boa parte dos aspectos que nos levam a escolher um pediatra nada tem a ver com sua competência técnica, mas tem a ver com nosso olhar em relação as relações interpessoais, com nossa ideia como deve ser uma pessoa em quem podemos confiar.

Como pediatra, julgo que as principais características – em ordem de importância – de um bom pediatra, que são:

  1. Bom Senso: coisa básica em qualquer profissão, mas em falta no mercado. Cada dia mais coisas diferentes são tratadas como iguais e o trabalho primordial do médico é separar diferentes aspectos da normalidade e da doença. A Frase “Primum non nocere” que significa “Primeiramente não prejudicar” resume o que eu quero dizer.
  2. Vontade de Aprender: não apenas em livro e congressos, mas principalmente com os mais diferentes pacientes e suas diferentes maneiras de lidar com problemas semelhantes. Os pacientes são o principal instrumento de aprendizado do médico, porém hoje em dia muitos médicos consideram que conversar com o paciente é perda de tempo.
  3. Disponibilidade: estar disponível não significa atender telefones as 3 horas da manhã. Disponibilidade significa manter o canal de comunicação com os pais sempre aberta, não para atender chamadas de emergências – já que a telemedicina ou medicina a distância é proibida no Brasil – mas para reavaliar um atendimento de pronto socorro, esclarecer uma dúvida entre duas consultas de rotina ou uma dúvida relacionada à uma consulta recente.
  4. Respeito: como em toda relação entre dois seres humanos.

 

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Dr. Christian Helfstein

Médico Pediatra – CRM/SP 119.947

Limeira – São Paulo

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